Passio Christi, conforta me
O texto abaixo foi extraído, com autorização, de uma mensagem de Jorge Ferraz à lista Tradição Católica, em 18/07/2006:
<< Pus-me agora a pensar na Cruz de Cristo. Ele, sendo Deus, não conhecia desde já a triste situação pela qual a Igreja passaria nos dias de hoje? Não sofreria já pelos bofetões e cusparadas que, dois mil anos depois, a Sua Noiva iria sofrer até mesmo daqueles que deveriam cuidá-la e zelar por ela? É claro que sofria! E é com este pensamento que eu creio estarmos - todos os católicos fiéis - unidos de alguma maneira aos sofrimentos de Cristo, posto que, certamente, sofremos por algo que O fez sofrer também, pelo qual Ele também sofreu. Os chicotes e os espinhos a ferir o corpo de Nosso Senhor não podem, também, ferir o nosso corpo; mas os chicotes e os espinhos espirituais, que Lhe afligiam a alma... ah, esses afligem a minha alma também. Esses, numa só tacada atingem a alma de Cristo e as dos cristãos. E que grande honra e que grande consolo: pregado na Cruz de Nosso Senhor, não com os mesmos cravos físicos, mas com os mesmos cravos espirituais, que tanto Lhe provocaram dor.
Sempre gostei daquela oração "Anima Christi", em particular da frase "Passio Christi, conforta me". Paixão de Cristo, confortai-me. Sim, porque os meus sofrimentos tornam-se pequenos diante dos sofrimentos de Nosso Senhor; e, neste caso, onde os sofrimentos são oriundos da situação da Igreja, a Paixão de Cristo conforta-me porque estes são parte integrante dos sofrimentos da Paixão. Cristo, da maneira mais literal possível, sofreu os sofrimentos pelos quais agora passo. >>
Jorge Ferraz
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