21 de setembro de 2007

Levantou-se e seguiu-O

«Levantou-se e seguiu-O.» A concisão da frase põe claramente em evidência a prontidão de Mateus a responder à chamada. Para ele isso significava tudo abandonar, sobretudo o que lhe garantia uma fonte segura de recursos, que era no entanto desonrosa e muitas vezes injusta. Mateus compreendeu pela evidência que a intimidade com Jesus o impedia de seguir uma atividade desaprovada por Deus. Facilmente se tira daqui uma lição para o presente: também hoje é inadmissível o apego a coisas incompatíveis com a caminhada de seguir a Jesus, como é o caso das riquezas desonestas.

Certa vez, Ele disse sem rodeios: «Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que possuis, dá-o aos pobres e terás um tesouro nos céus. Depois vem e segue-Me» (Mt,19,21). Foi o que fez Mateus: «Levantou-se e seguiu-O». Neste «levantou-se» conseguimos ler um nítido repúdio pela situação de pecado e simultaneamente a adesão consciente a uma nova existência, reta, na comunhão com Jesus.

Papa Bento XVI
Audiência geral de 30/08/06

12 de setembro de 2007

Humildade: felizes os pobres

Como quase todos os homens são naturalmente conduzidos ao orgulho, o Senhor começa as Bem-aventuranças por afastar o mal original da auto-suficiência, aconselhando-nos a imitar o verdadeiro Pobre voluntário que é verdadeiramente feliz – de maneira a parecermo-nos com Ele por via de uma pobreza voluntária, segundo as nossas capacidades, para participarmos na Sua bem-aventurança, na Sua felicidade. “Tende entre vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus: Ele, que era de condição divina, não reivindicou o direito de ser equiparado a Deus. Mas despojou-Se a Si mesmo, tomando a condição de servo” (Fil 2, 5-7).

Haverá coisa mais miserável para Deus do que tomar a condição de servo? Haverá coisa mais ínfima para o Rei do universo do que partilhar a nossa natureza humana? O Rei dos reis e Senhor dos senhores, o Juiz do universo, paga impostos a César (1 Tim 6, 17; Heb 12, 23; Mc 12, 17). O Senhor da criação abraça este mundo, vem por uma gruta por não ter lugar na estalagem, refugia-se num estábulo, na companhia de animais irracionais. Aquele que é puro e imaculado toma sobre Si as manchas da natureza humana e, depois de ter partilhado toda a nossa miséria, vai a ponto de fazer a experiência da morte. Considera a desmesura da Sua pobreza voluntária! A Vida toma o gosto da morte, o Juiz é levado a tribunal, o Senhor da vida de todos submete-Se a um magistrado, o Rei das potências celestes não se subtrai às mãos dos carrascos. É por estes exemplos, diz o apóstolo Paulo, que podemos medir a Sua humildade (Fil 2, 5-7).

São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge e bispo
Homilias sobre as Bem-aventuranças, 1

11 de setembro de 2007

A CNBB é contra o aborto

A CNBB é contra o aborto. De acordo com uma liderança pró-aborto, as pastorais da CNBB não praticam militância contra o aborto.

A CNBB é contra o aborto. Em São Paulo, a CNBB e a organização feminista pró-aborto chamada “Católicas pelo Direito de Decidir” ocupam o mesmo edifício, cujos proprietários são religiosos católicos da ordem carmelita.

A CNBB é contra o aborto. No último dia 7 a CNBB, por meio da pastoral do migrante, foi parceira de movimento pró-aborto durante o “Grito dos Excluídos”.

Wagner Moura

2 de setembro de 2007

Teria eu o direito de ter vergonha da minha fé católica?

“Teria eu o direito de ter vergonha ou de pedir desculpas pela minha fé católica? Será que um país como o nosso, tão bonito, com gente tão alegre, será que eu não tenho o direito de ter orgulho de ter a minha fé católica?”

Carlos Alberto Direito
Ministro do Supremo Tribunal Federal

1 de setembro de 2007

Devolvamos ao Senhor

"Que tens tu que não tenhas recebido?", diz-nos S. Paulo (1 Co, 4,7). Não sejamos, pois, avaros dos nossos bens como se eles nos pertencessem... Confiaram-nos a sua responsabilidade; temos o uso de uma riqueza comum, não a posse eterna de um bem que nos seja próprio. Se reconheceres que esse bem só é teu cá em baixo por um tempo limitado, poderás adquirir no céu uma possessão que não terá fim. Lembra-te daqueles servos que, no Evangelho, tinham recebido talentos do seu patrão e do que o patrão, ao regressar, entregou a cada um deles; compreenderás então que depositar o seu dinheiro no banco do Senhor para o fazer dar frutos é muito mais proveitoso do que conservá-lo com uma fidelidade estéril sem que renda nada para o credor e com grande prejuizo para o servo inútil, cujo castigo será tanto mais pesado...

Apresentemos, pois, ao Senhor os bens que dEle recebemos. Com efeito, não possuimos nada que não seja um dom do Senhor e só existimos porque Ele o quer. Que poderíamos considerar como nosso, se nada nos pertence, devido a uma dívida enorme e privilegiada? Porque Deus criou-nos, mas também nos resgatou. Rendamos-Lhe graças por isso: resgatados por grande preço, o preço do sangue do Senhor, nós não somos coisas sem valor... Devolvamos ao Senhor o que Ele nos deu. Devolvamos Àquele que recebe na pessoa de cada pobre. Devolvamos com alegria, para receber dEle com júbilo, tal como nos prometeu.

S. Paulino de Nola (355-431), bispo
Carta 34, 2-4