26 de outubro de 2007

Ela é onipotente por graça

O Rosário é ao mesmo tempo meditação e súplica. A imploração insistente da Mãe de Deus apóia-se na confiança de que a sua materna intercessão tudo pode no coração do Filho.

Ela é “onipotente por graça”, como dizia o Beato Bartolo Longo, com expressão audaz, a ser bem entendida, na sua Súplica à Virgem. Uma certeza esta que, a partir do Evangelho, foi-se consolidando através da experiência do povo cristão.

O grande poeta Dante, na linha de S. Bernardo, interpreta-a de forma admirável, quando canta: “Donna, se' tanto grande e tanto vali, / che qual vuol grazia e a te não ricorre, / sua disianza vuol volar sanz'ali”. "Senhora, tu és tão magnífica e possuis um valor tão elevado, que, aquele que implora uma graça e não vem a ti, pretende voar, sem asas possuir."

No Rosário, Maria, Santuário do Espírito Santo (cf. Lc 1, 35), ao ser suplicada por nós, apresenta-se em nosso favor diante do Pai, que a cumulou de graça, e do Filho, nascido das suas entranhas, pedindo conosco e por nós.

Papa João Paulo II
Carta Apostólica Rosarium Virginis Marie

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