10 de maio de 2007

Egoísmo e medo

O papa Bento 16 alertou na quarta-feira que políticos católicos podem ser excomungados caso apóiem o aborto.

O papa foi questionado se apoiava os líderes eclesiásticos mexicanos que ameaçaram excomungar parlamentares esquerdistas que no mês passado aprovaram a legalização do aborto na Cidade do México.

"Sim, esta excomunhão não seria arbitrária, mas sim permitida pela lei canônica, que diz que matar uma criança inocente é incompatível com receber a comunhão, que é receber o corpo de Cristo", disse ele.

"Eles [líderes da Igreja mexicana] não fizeram nada de novo, surpreendente ou arbitrário. Eles simplesmente anunciaram publicamente o que está contido na lei da Igreja, que expressa nossa apreciação pela vida e que a individualidade humana, a personalidade humana estão presentes desde o primeiro momento."

Pela lei eclesiástica, quem propositalmente fizer ou apoiar algo que a Igreja considera um pecado grave, como o aborto, impõe a si mesmo uma "excomunhão automática".

O papa disse que os parlamentares que votam a favor do aborto têm "dúvidas sobre o valor da vida e a beleza da vida, e mesmo uma dúvida sobre o futuro".

"O egoísmo e o medo estão na raiz da legislação [pró-aborto]", disse ele. "Nós, da Igreja, temos uma grande luta para defender a vida. A vida é um presente, não uma ameaça."

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