31 de maio de 2007

Técnica de revolução constitucional

“O poder e os recursos do Estado moderno tornam as revoluções civis virtualmente impossíveis... Tudo o que é possível é [...] o golpe ou revolução mediante arranjo, desde cima, sob o patrocínio dos poderes constitucionais.

“Para atingir os fins revolucionários sem colocar as massas em ação, golpes que sigam a tática de inocular nas leis o impulso revolucionário, de manipular a legalidade até que ela tenha passado de um estágio de revolução mascarada para emergir como uma nova legalidade, são empreendidos a pretexto de prevenir um período de anarquia, de manter o controle dos acontecimentos, de impedir que o país seja entregue à mercê de incalculáveis elementos ‘demoníacos'. Depois que a legalidade revolucionária foi instituída sem sangue, o curso dos acontecimentos fica à mercê, precisamente, desses elementos incalculáveis e demoníacos. Este método desfere um golpe muito mais paralisante na justiça e no senso de justiça do que uma revolução aberta... A revolução-mediante-arranjo termina na exaustão geral. Pois em sua artificial combinação de forças ela inclui elementos irreconciliáveis... cada um pretendendo secretamente sobrepujar o outro na primeira oportunidade.”

(Hermann Rauschning, The Revolution of Nihilism. Warning to the West , New York, Alliance Book, 1939, pp. 10-12.)

29 de maio de 2007

Estado laico

Não me lembro de movimentos pelo "estado laico" quando os padres e freiras ajudavam , animadamente, a erguer o PT, quase trinta anos atrás.

Alon Feuerwerker

21 de maio de 2007

Protesto contra ofensa religiosa

Magnífico Reitor na Universidade Federal da Paraíba, senhor Rômulo Soares Polari, Chefe do Departamento de Comunicação e Turismo da Universidade, professor Lúcio Vilar, Coordenador do Curso de Turismo da Universidade, professor Olavo Mendes, Professor Henrique Magalhães, Demais alunos e funcionários da Universidade Federal da Paraíba,

Foi recentemente divulgada, pelos meios de imprensa, uma notícia segundo a qual um outdoor, que continha uma caricatura do Papa Bento XVI junto com a frase "a Igreja é uma praga" e estava colocado dentro de um Campus da Universidade Federal da Paraíba, foi destruído por um grupo de funcionários da Universidade após uma enorme polêmica.

A reportagem pode ser acessada em:

http://minhanoticia.ig.com.br/materias/432001-432500/432205/432205_1.html

Rapidamente, o Departamento de Comunicação e Turismo (DecomTur) da referida Universidade emitiu uma nota a respeito do ocorrido. Esta nota pode ser encontrada em:

http://www.paraiba.com.br/noticia.shtml?45650

Na citada nota, a destruição do Outdoor é classificada como "vandalismo" e "inaceitável". E é citada a Constituição Federal, que garante " livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação".

Contudo, não é citado que o Código Penal tipifica como crime "vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso" (Código Penal, artigo 208, caput). Acaso é o direito à livre expressão absoluto, desvinculado do (e superior ao) direito dos cidadãos de não terem as suas crenças ofendidas? Porventura quer-se pretender que uma ofensa violenta e desnecessária como a expressa pelo outdoor em questão tenha respaldo constitucional inviolável?

É citado que o Estado é laico. É verdade. Mas não é explicado que "Estado Laico" não significa "Estado Anti-Religioso". E que é próprio do Estado Laico não discriminar nenhuma crença religiosa. Como, pois, querem utilizar a laicidade do Estado para justificar uma agressão gratuita feita ao povo católico? Isso, sim, é inaceitável.

É dito que a atitude (de destruição do outdoor) "abre sério, preocupante e perigoso precedente". Todavia, não é citado que a própria confecção do outdoor (e sua apologia veiculada na já citada nota do DecomTur) abre(m) um precedente muito mais preocupante, a saber: a vontade de consolidar a ofensa gratuita à religião professada pela maioria da população brasileira como um direito inalienável. Uma verdadeira apologia ao crime, completa inversão de valores.

É de causar espécie que a Universidade não se tenha pronunciado contra a colocação do outdoor, mas tenha demonstrado tanta prontidão em condenar a sua destruição. Por que os dois pesos e duas medidas?

Registro, assim, o meu mais completo repúdio a essa atitude da Universidade Federal da Paraíba que, desse jeito, só faz perder o seu prestígio. É desolador que uma Universidade aja com tamanho desrespeito e tão pouca consideração pelos sentimentos religiosos de seus alunos e funcionários. É vergonhoso ver uma instituição pública fomentando o ódio anti-religioso. Isso, sim, é que deveria ser objeto da preocupação dos senhores.

Recife, 21 de maio de 2007

Atenciosamente,
Jorge Ferraz
R.G. 6.316.776 - SDS/PE

20 de maio de 2007

Queremos viver e não morrer

Hoje quero convosco refletir sobre o texto de São Mateus (19, 16-22). Fala de um jovem. Ele veio correndo ao encontro de Jesus. Merece destaque a sua ânsia. Neste jovem vejo a todos vós, jovens do Brasil e da América Latina. Viestes correndo de diversas regiões deste Continente para nosso encontro. Quereis ouvir, pela voz do Papa, as palavras do próprio Jesus.

Tendes uma pergunta crucial, referida no Evangelho, a Lhe fazer. É a mesma do jovem que veio correndo ao encontro com Jesus: o que fazer para alcançar a vida eterna? Gostaria de aprofundar convosco esta pergunta. Trata-se da vida. A vida que, em vós, é exuberante e bela. O que fazer dela? Como vivê-la plenamente?

Logo entendemos, na formulação da própria pergunta, que não basta o aqui e agora, ou seja, nós não conseguimos delimitar nossa vida ao espaço e ao tempo, por mais que pretendamos estender seus horizontes. A vida os transcende.

Em outras palavras, queremos viver e não morrer. Sentimos que algo nos revela que a vida é eterna e que é necessário empenhar-se para que isto aconteça. Em outras palavras, ela está em nossas mãos e depende, de algum modo, da nossa decisão.

A pergunta do Evangelho não contempla apenas o futuro. Não trata apenas de uma questão sobre o que acontecerá após a morte. Há, ao contrário, um compromisso com o presente, aqui e agora, que deve garantir autenticidade e conseqüentemente o futuro. Numa palavra, a pergunta questiona o sentido da vida. Pode por isso ser formulada assim: que devo fazer para que minha vida tenha sentido? Ou seja: como devo viver para colher plenamente os frutos da vida? Ou ainda: que devo fazer para que minha vida não transcorra inutilmente?

Jesus é o único capaz de nos dar uma resposta, porque é o único que nos pode garantir vida eterna. Por isso também é o único que consegue mostrar o sentido da vida presente e dar-lhe um conteúdo de plenitude. (...)

Diante dos olhos, meus queridos jovens, tendes uma vida que desejamos seja longa; mas é uma só, é única: não a deixeis passar em vão, não a desperdiceis.

Papa Bento XVI

Salvai-me pela vossa compaixão

“A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio,
e afirmo que só Vós sois o meu Deus!
Eu entrego em vossas mãos o meu destino;
libertai-me do inimigo e do opressor!
Mostrai serena a vossa face ao vosso servo,
e salvai-me pela vossa compaixão!”

Quem é o inimigo e o opressor? A falta de emprego, o abandono do marido, a droga, a bebida, a pobreza, a carência afetiva, a morte premeditada, a solidão, a falta de apoio, a depressão, a doença. Devemos lembrar, entretanto, que estes não são maiores que a compaixão de Deus, por mais que pareça o contrário.

Por que ainda ter medo do sofrimento? O poeta canta, fazendo referência ao momento da crucificação de Cristo:

“Quem não há de perder todo o medo,
vendo o céu ser aberto ao ladrão!”

Se Deus teve compaixão do ladrão, que inclusive admitiu todas as coisas más e erradas que cometeu, por que não há de ter compaixão de nosso sofrimento. Cabe-nos dizer junto com o ladrão:

- “Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino.”

E junto com o salmista:

- “A vós eu me confio, entrego em vossas mãos o meu destino.”

Sandra Maria

Que o 'não' seja o novo 'amém'

Buenos Aires, 16 mai (RV) - O arcebispo emérito de Resistencia, Argentina, Dom Carmelo Juan Giaquinta, alertou que existem pessoas que fazem de tudo para que os católicos reneguem sua fé, com o argumento de que precisam pedir perdão pelos erros do passado.

"O que alguns desejam não é que peçamos perdão por nossos erros, mas sim que reneguemos nossa fé e viver em conformidade com ela" _ sublinhou o arcebispo.

A propósito da mentalidade atual, Dom Giaquinta disse: "O que muitos buscam é que, como eles, aplaudamos o divórcio e o proponhamos como ideal de liberdade; que bendigamos o aborto e a morte dos anciãos inúteis; que brindemos, porque o matrimônio, hoje, já não é mais só entre um homem e uma mulher; e que nós, sacerdotes, não respeitemos nossas promessas."

O arcebispo destacou ainda, que quem critica a Igreja "quer que o "amém" signifique "não", e que "não" seja o novo "amém".

O Bem não nasce do Mal

O Bem não nasce do Mal; o Mal jamais será instrumento útil para se chegar ao Bem.

Reinaldo Azevedo

Conservar os imensos tesouros espirituais

O Santo Padre, que foi durante alguns anos membro desta Comissão [Pontifícia Comissão
Ecclesia Dei], quer que ela se converta em um organismo da Santa Sé com a finalidade própria e distinta de conservar e manter o valor da liturgia latina tradicional. Mas se deve afirmar com toda claridade que não se trata de um voltar para atrás, de uma volta aos tempos anteriores à reforma de 1970. Trata-se pelo contrário de uma oferta generosa do Vigário de Cristo que, como expressão de sua vontade pastoral, quer pôr a disposição da Igreja todos os tesouros da liturgia latina que durante séculos nutriu a vida espiritual de tantas gerações de fiéis católicos. O Santo Padre quer conservar os imensos tesouros espirituais, culturais e estéticos ligados à liturgia antiga. A recuperação desta riqueza se une à não menos preciosa da liturgia atual da Igreja.

Por estas razões o Santo Padre tem a intenção de estender a toda a Igreja latina a possibilidade de celebrar a Santa Missa e os Sacramentos segundo os livros litúrgicos promulgados pelo Beato João XXIII em 1962. Por esta liturgia, que nunca foi abolida, e que , como dissemos, é considerada um tesouro, existe hoje um novo e renovado interesse e, também por esta razão o Santo Padre pensa que chegou o tempo de facilitar, como o quis a primeira Comissão Cardinalícia em 1986, o acesso a esta liturgia fazendo dela uma forma extraordinária do único rito Romano.

(...)

O projeto do Santo Padre foi já parcialmente provado em Campos onde a coabitação pacífica das duas formas do único rito romano na Igreja é uma bela realidade.

Intervenção do cardeal Darío Castrillón Hoyos em Aparecida
Presidente da Comissão Pontifícia «Ecclesia Dei»

16 de maio de 2007

Defesa de ideais

"Qualquer forma de intimidação deve ser respondida com total força, dentro da legitimidade. O diálogo de Chamberlain com o Nazismo levou às primeiras grandes agressões deste câncer que mudou a face da história no século XX. Nossa atitude deve se pautar pela mais forte defesa de ideais não importante a que nível, com força total, dentro da lei."

Professores da USP: Elcio Abdalla, Raul Abramo, Sylvio Ferraz Mello, Renata Zukanovich Funchal, Mahir Saleh Hussein, Antonio F. R. de Toledo Piza, Antonio Martins Figueiredo Neto, Mário José de Oliveira, João Carlos Alves Barata.

Não há acordo sobre o bem social

"Esquecemos que, enquanto concordamos sobre o abuso das coisas, devemos discordar bastante sobre o seu uso."

"Todos podemos ver a loucura nacional; mas o que é sanidade nacional?"

"O que está errado é que não perguntamos o que está certo."

G. K. Chesterton (1874-1936), escritor inglês

Falácias sociológicas

O fato de todo homem ser um bípede não faz de cinquenta homens um centípede.

G. K. Chesterton (1874-1936), escritor inglês

Relembrando o que é a Missa

"(...) a própria Igreja se vê na contingência de relembrar a sacerdotes e leigos que a Missa é o Sacrifício de Cristo renovado e que o sacerdócio comum dos fiéis não se confunde nem substitui o sacerdócio hierárquico."

Alexandre Oliveira

O sopro divino é a vida dos espíritos

O Espírito Santo, o Paráclito, o Defensor, é Aquele que, como um sopro, o Pai e o Filho enviam à alma dos justos. É por Ele que somos santificados e merecemos ser santos. O sopro humano é a vida dos corpos; o sopro divino é a vida dos espíritos. O sopro humano torna-nos sensíveis; o sopro divino torna-nos santos. Este Espírito é Santo, porque, sem ele, nenhum espírito – nem angélico nem humano – pode ser santo.

Santo Antônio (c. 1195-1231), franciscano, doutor da Igreja
Sermões para os domingos e as festas dos santos

Um ovo de serpente

Por muito tempo, criamos um ovo de serpente na Rússia, esse colosso com armas nucleares do Oriente. No último final de semana, as tropas de choque em Moscou e São Petersburgo espancaram manifestantes pró-democracia para assegurar “a lei e a ordem nas ruas”. E então descobrimos, de forma trágica, que a democracia russa, que apoiamos todos esses anos, não é uma democracia no final das contas. A televisão russa, controlada pelo Estado, ignorou os manifestantes, exceto para dizer que foram provavelmente financiados de fora do país. De fato, Michael Gorbachev disse que a CIA envia rotineiramente “dinheiro para forças de oposição” em certos países. E adicionou: “Isso provavelmente explica por que tais organizações estão brotando como cogumelos na [Rússia]”. Na realidade, é claro, os Estados Unidos doaram bilhões para privatizar e democratizar o país. Praticamente demos bilhões para a própria KGB através de várias organizações de fachada. Conseqüentemente, os russos aproveitaram esses bilhões e, agora, estão se rearmando.

Jeffrey Nyquist

Pressões intensas

“A própria ênfase... na aquisição de sucesso material, que marca tanto nossa sociedade, também gera pressões intensas para que ele ocorra o mais breve possível. Vencer uma eleição, aumentar a renda, vender mais que os concorrentes – motivações assim levam muitos a participar de formas de impostura às quais, de outra forma, poderiam resistir.”

Sissela Bok

15 de maio de 2007

Ditadura do relativismo

Se a liberdade é absoluta e a verdade relativa – portanto, todas as idéias são igualmente aceitas –, por que os defensores da liberdade relativa e da verdade absoluta são perseguidos? Então a liberdade não é tão absoluta, nem a verdade tão relativa!

Rafael Vitola Brodbeck

O papel da mulher na Igreja

«Maria é a rainha dos apóstolos sem pretender para si os poderes apostólicos. Qualquer reflexão sobre o feminino, sobre o papel da mulher na Igreja e na sociedade deve partir de uma mariologia mais aprofundada.»

Sandra Ferreira Ribero

Apologia ao crime e escândalo

Dom Antonio Juan Baseotto C. SS. R., ordinário militar para a Argentina, em 2005 advertiu o ministro da Saúde argentino de que poderia incorrer em «apologia do delito de homicídio» por propiciar essa prática mediante a entrega de «fármacos conhecidos como abortivos».

O prelado também lhe assinalou que, ao vê-lo distribuir publicamente preservativos entre os jovens, veio-lhe à memória a frase evangélica na qual «nosso Senhor afirma que ‘os que escandalizam os pequenos merecem ser amarrados a uma pedra de moinho no pescoço e lançados ao mar’».

Fonte: ZENIT

Ele dá o saber e o querer

O Espírito Santo é o sustento que nos reconforta no caminho da pátria, é o vinho que nos alegra na tribulação, o óleo que adoça as amarguras da vida. Faltava este triplo socorro aos apóstolos que deviam ir pregar no mundo inteiro. Por isso Jesus lhes enviou o Espírito Santo. Ficaram cheios dele – cheios, para que os espíritos impuros não pudessem ter qualquer acesso a eles: quando um copo está bem cheio, não se pode por nada nele.

O Espírito Santo “vos ensinará” (Jo 16,13), para que vós saibais; ele vos sugerirá, para que vós queirais. Ele dá o saber e o querer; juntemos o nosso “poder”, na medida das nossas forças, e seremos templos do Santo Espírito (1Co 6,19).

Santo Antônio (cerca 1195-1231), franciscano, doutor da Igreja
Sermões para os domingos e as festas dos santos

Sob a proteção de Deus

Esse "Estado laico", no qual eles tanto falam, invoca a proteção de Deus no preâmbulo de sua Constituição. O preâmbulo não é juridicamente irrelevante. Ele serve de chave de interpretação para todos os artigos que lhe seguem. Ou seja: tudo o que a nossa Carta Magna prescreve supõe a obediência a Deus, cujo nome foi mencionado no início.

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

Preâmbulo da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: "Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL."

Uma nação inimiga de Deus

Legalizar ou não o aborto não é a mesma coisa. A diferença é enorme.

Uma coisa é você viver em uma nação cheia de criminosos que infringem a lei. Outra coisa é você viver numa nação criminosa, onde o crime já se tornou lei.

Uma coisa é você não conseguir combater o aborto com as forças policiais. Outra coisa bem diferente é você declarar que a matança dos inocentes não deve ser combatida porque é um direito do cidadão matar seus filhos.

Uma coisa é a justiça estar apenas no papel, mas não na prática. Outra coisa muitíssimo pior é a justiça não estar nem sequer no papel, mas ser trocada por uma lei injusta.

Uma coisa é haver indivíduos, por numerosos que sejam, que não honram as leis justas da pátria. Outra coisa muito mais grave é uma pátria nem ao menos ter leis justas para serem honradas.

Uma coisa é o crime de muitos brasileiros contra a vida. Outra coisa é o crime da própria nação brasileira contra o direito sagrado e inviolável à vida.

Recordando as palavras de Dom Manoel Pestana, Bispo emérito de Anápolis, uma nação que legaliza o aborto não merece subsistir.

A partir do dia em que o aborto se tornar lei, não haverá apenas uma mudança quantitativa nos assassinatos intra-uterinos. Haverá uma mudança qualitativa essencial: o Brasil se terá tornado formalmente uma nação inimiga de Deus.

Que nenhum de nós concorra, por atos ou omissões, para que tal desgraça aconteça.

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

14 de maio de 2007

A religião latinoamericana vem aí

“Conversei com o papa sobre a necessidade da integração religiosa na América Latina, porque a Igreja Católica na América Latina também tem um peso muito importante. Nós estamos, já há algum tempo, falando em integração da América Latina, integração cultural, integração social, integração energética, integração de ferrovia, tudo. É importante que haja uma integração religiosa.” (Luís Inácio da Silva, vulgo "Lula")

"Hein? Parece que Lula quer refundar a Igreja Católica, criando a sua versão subcontinental. Não sei se, com efeito, falou isso ao papa. Caso tenha falado, imagino o que pensou Bento 16... O adjetivo “católica” quer dizer, rigorosamente, “universal”. O papa veio ao Brasil, para desespero da mídia anticatólica, justamente para reafirmar a unidade da sua igreja. Ela é Una e Uma onde quer que esteja e aonde quer que chegue. Não existe uma teologia da libertação, uma teologia indígena, uma teologia negra, uma teologia latino-americana. Existe a teologia da religião revelada — ESTA NÃO É UMA OPINIÃO MINHA; ISSO É PARTE DO CREDO CATÓLICO. A Igreja Católica latino-americana não precisa se integrar porque está integrada em Cristo e no corpo místico da própria igreja." (Reinaldo Azevedo)

O ópio dos intelectuais

“A religião é o ópio do povo.” (Karl Marx)

“O marxismo é o ópio dos intelectuais.” (Raymond Aron)

Laxismo

substantivo masculino

1 tendência ou atitude que consiste em relaxar ou limitar as interdições estipuladas pela moral cristã

Obs.: p.opos. a rigorismo

2 Derivação: por extensão de sentido.
sistema moral inspirado nessa tendência ou atitude

3 Derivação: por extensão de sentido.
ausência de restrições morais, tolerância excessiva, permissividade

Pronunciamentos do Papa no Brasil

O website do Vaticano possui a íntegra dos pronunciamentos do Papa por ocasião de sua Viagem Apostólica ao Brasil por ocasião da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe (9-14 de maio de 2007).

Endereço:

http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/travels/2007/index_brasile_po.htm

Uso do latim na liturgia

Alguns textos do Magistério sobre o uso do latim na liturgia:

"A Língua Latina é a língua própria da Igreja Romana" (Papa São Pio X, Encíclica Inter Pastoralis Officii).

"O uso da Língua Latina é um claro e nobre indício de unidade e um eficaz antídoto contra todas as corruptelas da pura doutrina." (Papa Pio XII, Encíclica Mediator Dei, nº 53)

"Que o antigo uso da Língua Latina seja mantido, e onde houver caído quase em abandono, seja absolutamente restabelecido. – Ninguém por afã de novidade escreva contra o uso da Língua Latina nos sagrados ritos da Liturgia." (Papa João XXIII, Encíclica Veterum Sapientia).

"Deve conservar-se o uso do latim nos ritos latinos, salvo o direito particular." (Concílio Ecumênico Vaticano II, Constituição Sacrosanctum Concilium, nº 36, § 1)

"Providencie-se que os fiéis possam juntamente rezar ou cantar em Língua Latina as partes do Ordinário que lhes competem." (Concílio Ecumênico Vaticano II, Constituição Sacrosanctum Concilium, nº 54)

"Faça-se a celebração eucarística em língua latina ou outra língua, contanto que os textos litúrgicos tenham sido legitimamente aprovados." (Código de Direito Canônico, Cân. 928)

"Missa se celebre quer em língua latina ou quer noutra língua, contanto que se usem textos litúrgicos que têm sido aprovados, de acordo com as normas do direito. Excetuadas as Celebrações da Missa que, de acordo com as horas e os momentos, a autoridade eclesiástica estabelece que se façam na língua do povo, sempre e em qualquer lugar é lícito aos sacerdotes celebrar o santo Sacrifício em latim." (Instrução Redemptionis Sacramentum, nº 112)

"O que acabo de afirmar não deve, porém, ofuscar o valor destas grandes liturgias; penso neste momento, em particular, às celebrações que têm lugar durante encontros internacionais, cada vez mais frequentes hoje, e que devem justamente ser valorizadas. A fim de exprimir melhor a unidade e a universalidade da Igreja, quero recomendar o que foi sugerido pelo Sínodo dos Bispos, em sintonia com as directrizes do Concílio Vaticano II: exceptuando as leituras, a homilia e a oração dos fiéis, é bom que tais celebrações sejam em língua latina; sejam igualmente recitadas em latim as orações mais conhecidas da tradição da Igreja e, eventualmente, entoadas algumas partes em canto gregoriano. A nível geral, peço que os futuros sacerdotes sejam preparados, desde o tempo do seminário, para compreender e celebrar a Santa Missa em latim, bem como para usar textos latinos e entoar o canto gregoriano; nem se transcure a possibilidade de formar os próprios fiéis para saberem, em latim, as orações mais comuns e cantarem, em gregoriano, determinadas partes da liturgia" (Papa Bento XVI, Exortação Apostólica Pós-Sinodal Sacramentum Caritatis, nº 62).

"Se alguém disser que o rito da Igreja Romana (...) só se deve celebrar a Missa em língua corrente [vernácula](...), seja excomungado" (Concílio de Trento, Cânones sobre o Santíssimo Sacrifício da Missa, cânon 9).

As palavras do Papa João Paulo II em sua belíssima Encíclia Ecclesia de Eucharistia, § 9: "Como não admirar as exposições doutrinais dos decretos sobre a Santíssima Eucaristia e sobre o Santo Sacrifício da Missa promulgados pelo Concílio de Trento? Aquelas páginas guiaram a teologia e a catequese nos séculos sucessivos, permanecendo ainda como ponto de referência dogmático para a incessante renovação e crescimento do povo de Deus na sua fé e amor à Eucaristia".

A mais profética das aparições modernas

Ao celebrar-se o nonagésimo aniversário das Aparições de Nossa Senhora de Fátima, Bento XVI pôs nas mãos da Virgem Maria os povos e nações, em particular aqueles que sofrem situações particularmente difíceis.

De 13 de maio a 13 de outubro de 1917, três pastorzinhos, Lúcia dos Santos, de dez anos, e seus dois primos Francisco Marto, de nove anos, e Jacinta, de sete, foram testemunhas das aparições e mensagens de Maria.

«Com seu veemente chamado à conversão e à penitência é, sem dúvida, a mais profética das aparições modernas», disse o Papa neste domingo após presidir a missa de inauguração da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe.

«Peçamos à Mãe da Igreja, a ela que conhece os sofrimentos e as esperanças da humanidade, que proteja nossos lares e nossas comunidades.»

«De modo especial, confiamos-lhe aqueles povos e nações que têm particular necessidade, e o fazemos com a certeza de que não deixará de atender as súplicas que com filial devoção lhe dirigimos.»

Fé em Deus Amor

A autêntica riqueza da América Latina consiste na «fé em Deus Amor», assegurou Bento XVI neste domingo, na missa de inauguração da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe.

«Este é o rico tesouro do continente Latino-Americano; este é seu patrimônio mais valioso: a fé em Deus Amor, que revelou seu rosto em Jesus Cristo.»

«A Igreja se sente discípula e missionária desse Amor: missionária somente enquanto discípula, ou seja, capaz de deixar-se atrair sempre, com renovado ardor, por Deus que nos amou e nos ama primeiro.»

«Vós credes no Deus Amor: esta é vossa força que vence o mundo, a alegria que nada nem ninguém vos poderá arrebatar, a paz que Cristo conquistou para vós com sua Cruz! Esta é a fé que fez da América Latina o 'continente da esperança'.»

«Não é uma ideologia política, nem um movimento social, como tampouco um sistema econômico; é a fé em Deus Amor, encarnado, morto e ressuscitado em Jesus Cristo, o autêntico fundamento dessa esperança que produziu frutos tão magníficos desde a primeira evangelização até hoje.»

«Eu vos confirmo e, com palavras desta V Conferência, digo-vos: 'sede discípulos fiéis, para ser missionários valentes e eficazes'.»

Fundaram Igrejas em cada cidade

Cristo Jesus nosso Senhor, durante a sua estadia na terra, declarou ele próprio o que era, o que tinha sido, de que vontade do Pai era servidor, qual o dever que ele prescrevia ao homem. Ele tanto dizia isso abertamente à multidão, como à parte, dirigindo-se aos seus discípulos, dos quais escolhera doze principais, para viverem a seu lado, e que ele destinava para ensinar às nações. Depois da queda de um deles, ordenou aos outros onze, no momento de partir para a casa do Pai, depois da ressurreição, que fossem ensinar às nações e as batizassem em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt 28,19).

Assim, pois, os apóstolos – esta palavra significa "enviados" – incluíram um décimo segundo, tirado à sorte, Matias, para substituir Judas, apoiando-se na profecia do salmo de David. Receberam a força do Espírito Santo que lhes tinha sido prometido para realizarem milagres e falar outras línguas. Atestaram a fé em Jesus Cristo, primeiro através da Judéia, onde fundaram Igrejas. Depois partiram através do mundo e promulgaram pelas nações o mesmo ensino da fé.

Depois fundaram Igrejas em cada cidade, às quais, em seguida, outras Igrejas pediram emprestadas a estaca da fé e as sementes da doutrina… O que prova a sua unidade, é que elas comunicam na paz, que os seus membros se chamam irmãos, e que elas praticam reciprocamente a hospitalidade. Esta construção não tem outro fundamento a não ser a tradição única de um mesmo mistério. O que os apóstolos pregaram, foi o que Cristo lhes tinha revelado, e isso apenas deve ser garantido por essas mesmas Igrejas, que os próprios apóstolos fundaram, pregando-lhes de viva voz, como se disse, e em seguida por cartas.

Tertuliano (155? - 220?), teólogo
A prescrição contra os heréticos

11 de maio de 2007

O católico tem um conjunto de princípios

Ninguém nasce católico. A pessoa se torna católica pelo batismo. Tem, ao longo da vida, a chance de reafirmar ou não a sua fé. Pode deixar o rebanho da Igreja. Para permanecer nele, há alguns preceitos fundamentais a seguir. Ora, se o catolicismo está, como querem, em declínio; se seus fundamentos morais são considerados incompatíveis com a vida moderna; se alguém pretende fazer proselitismo do que, para a Igreja, é abominável, que a deixe então — ou que seja deixado por ela. Quando o papa acena com a excomunhão para os que fazem a defesa do aborto, lembra que o católico tem um conjunto de princípios.

Reinaldo Azevedo

10 de maio de 2007

Valores radicalmente cristãos que jamais serão cancelados

"Estou muito feliz por poder passar alguns dias com os brasileiros. Sei que a alma deste povo, bem como de toda a América Latina, conserva valores radicalmente cristãos que jamais serão cancelados. E estou certo que em Aparecida, durante a Conferência Geral do Episcopado, será reforçada tal identidade, ao promover o respeito pela vida, desde a sua concepção até o seu natural declínio, como exigência própria da natureza humana; fará também da promoção da pessoa humana o eixo da solidariedade, especialmente com os pobres e desamparados.

A Igreja quer apenas indicar os valores morais de cada situação e formar os cidadãos para que possam decidir consciente e livremente; neste sentido, não deixará de insistir no empenho que deverá ser dado para assegurar o fortalecimento da família - como célula mãe da sociedade; da juventude - cuja formação constitui um fator decisivo para o futuro de uma Nação - e, finalmente, mas não por último, defendendo e promovendo os valores subjacentes em todos os segmentos da sociedade, especialmente dos povos indígenas."

Papa Bento XVI, em visita ao Brasil

Um homem cheio de morais

Um homem cheio de "morais" é aquele que tem uma moral "enquanto indivíduo", outra moral "enquanto chefe de governo"; mais uma moral "enquanto militante de partido".

Reinaldo Azevedo

A Igreja é santa

Os cristãos confessam que a Igreja de Cristo é una, santa, católica e apostólica.

A Igreja é santa: o Deus Santíssimo é seu autor; Cristo, seu esposo, se entregou por ela para santificá-la; o Espírito de santidade a vivifica.

Embora congregue pecadores, ela é "imaculada (feita) de maculados" ("ex maculatis immaculata").

Fonte: Catecismo da Igreja Católica, 823 a 829.

Egoísmo e medo

O papa Bento 16 alertou na quarta-feira que políticos católicos podem ser excomungados caso apóiem o aborto.

O papa foi questionado se apoiava os líderes eclesiásticos mexicanos que ameaçaram excomungar parlamentares esquerdistas que no mês passado aprovaram a legalização do aborto na Cidade do México.

"Sim, esta excomunhão não seria arbitrária, mas sim permitida pela lei canônica, que diz que matar uma criança inocente é incompatível com receber a comunhão, que é receber o corpo de Cristo", disse ele.

"Eles [líderes da Igreja mexicana] não fizeram nada de novo, surpreendente ou arbitrário. Eles simplesmente anunciaram publicamente o que está contido na lei da Igreja, que expressa nossa apreciação pela vida e que a individualidade humana, a personalidade humana estão presentes desde o primeiro momento."

Pela lei eclesiástica, quem propositalmente fizer ou apoiar algo que a Igreja considera um pecado grave, como o aborto, impõe a si mesmo uma "excomunhão automática".

O papa disse que os parlamentares que votam a favor do aborto têm "dúvidas sobre o valor da vida e a beleza da vida, e mesmo uma dúvida sobre o futuro".

"O egoísmo e o medo estão na raiz da legislação [pró-aborto]", disse ele. "Nós, da Igreja, temos uma grande luta para defender a vida. A vida é um presente, não uma ameaça."

9 de maio de 2007

Afastamento de fiéis

Notícia de "O Globo Online":

"A Igreja Católica não vai arredar pé de condenar o sexo antes do casamento, mesmo que a contrapartida da defesa das doutrinas seja o afastamento de fiéis."

Esses esquerdistas... Realmente não têm vergonha de escrever incoerências.

Não existe "fiel afastado". E quem se afasta não é fiel.

Poderia, no máximo, dizer-se "perda de fiéis" ou "conversão de fiéis sem convicção em infiéis convictos".

Quando Jesus mandou os apóstolos pregar o Evangelho, ele disse: "quem crer será salvo, mas quem não crer será condenado".

Que o fato de a Igreja continuar este mandato cause repulsa aos que estão à esquerda de Deus, é compreensível.

O que não é compreensível é alguém aceitar que o oposto pudesse ser verdadeiro, ou seja, que a Igreja pregasse o "liberou geral" para manter aqueles que são fiéis... do liberalismo.

Aí sim, iria afastar os fiéis. Fiéis a Deus.

8 de maio de 2007

A paz

Poderíamos gozar de grande paz se não não nos importássemos com o que dizem e fazem os outros e que não nos diz respeito.

Imitação de Cristo